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domingo, 14 de julho de 2013

A FORTUNA - por Nicéas Romeo Zanchett


A FORTUNA 
Adaptação: Nicéas Romeo Zanchett 
                  Segundo consta nas lendas antigas, alguns homens que percorriam o mundo em busca de riquezas, desembarcaram numa pequena ilha cheia de pedras preciosas
                 Mal chegaram, e todos se entregaram, com avidez, a colher pedras das maires  e mais belas que encontravam. Chegou um momento em que as bolsas, os baús e caixas que tinham a bordo estavam todas cheias. 
                  Trabalhavam sem descanso, esquecendo-se de tudo.  Dormiram poucas horas e se alimentavam muito mal, sem um minuto de repouso. 
                   No entanto, entre eles, havia um homem que procedia de modo diferente; passava os dias descansando, ora na rede, ora sob o sol da ilha; não pensava em ficar rico e sua preocupação era viver bem, com boa alimentação e muito descanso. Seu único problema era a saudade da pátria, que estava distante e dos países que havia visitado durante a vida. 
                  Quando todos os seus companheiros já estavam satisfeitos, com bolsas, caixas e baús lotados de pedras, voltaram-se para ele e lhe perguntaram: 
                   - E então, não vai buscar sua fortuna para voltarmos logo ao nosso país?
                   Ele não deu resposta, mas, para não ficar ouvindo críticas, saiu da rede e apanhou um punhado de terra que guardou na bolsa que trazia consigo.
                   Em seguida todos embarcaram no navio para ganhar  o mar aberto. 
                   Depois que todos já estavam acomodados, resolveram conferir suas fortunas, adquiridas com tanto sacrifício. Sentaram-se à mesa e cada um ficou a conferir seus achados. 
                   Em então seus amigos perguntaram? 
                   - E você não vai conferir seu punhado de terra? Está com vergonha? Vamos logo! queremos ver sua fortuna. 
                   Então ele sentou-se, tirou o punhado de terra e, diante dos olhos zombeteiros dos amigos, espalhou-o sobre a mesa.  E, diante dos olhos espantados dos companheiros, aparaceu um magnífico brilhante, que, por si só, valia muito mais  que todas as pedras recolhidas pelos outros.
                    A fortuna é como uma fada caprichosa, que costuma oferecer  suas dádivas  a quem menos as espera ou as procura impacientemente. Ela, muitas vezes, prefere quem nada ambiciona, mas sabe amar as belas coisas da vida, contemplando a natureza e tudo o que dá felicidade sem egoísmos. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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