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terça-feira, 28 de maio de 2013

O TESOURO DO BOSQUE

 

                                               O TESOURO DO BOSQUE 
                    Pedrinho fica muito feliz com as histórias que sua vovó lhe conta.
                    À noite, na cozinha, enquanto as ouve, sentado com seus irmãos perto do fogão, parece que tudo é verdade e imagina que as fadas, os mágicos e as varinhas encantadas são coisas que existem por este mundo. 
                   É por isso que, durante o dia, enquanto faz alguma coisa, um serviço ou uma lição escolar, muitas vezes fica distraído, relembrando as histórias  ouvidas. Quando vai buscar lenha no mato, perto de casa, fica esperando que lhe apareça, entre as árvores, o vestido de nuvens de uma boa fada ou as longas barbas de algum feiticeiro. 
                    Uma tarde, ao lusco-fusco, voltava Pedrinho do povoado próximo com uma cesta de laranjas, que ganhara de presente de sua madrinha, a quem tinha ido visitar. 
                    O pequeno trecho de mato, que precisava atravessar, já estava  quase escuro. De repente, viu alguma coisa brilhante, perto de uma árvore, parou um pouquinho, olhou atentamente e foi aproximando-se, curioso. Eram umas varinhas que brilhavam, parecendo prata. 
                     - Está me acontecendo como nas histórias! pensou ele. Quem sabe se estas varinhas pertencem ao tesouro dos anões?!... De certo, vieram eles contar suas riquezas aqui e esqueceram-se delas... 
                     Ergueu-se depressa e guardou-as na cesta, jogando fora as laranjas. 
                     Tratou de voltar o mais depressa possível para casa, muito alegre com o precioso achado. 
                     - Amanhã, pensava ele, farei uma surpresa a todos...
                     Mas no dia seguinte - ai! -  só encontrou na cesta um montinho  de varas secas, dessas que a umidade faz com que fosforescer no escuro...
                     Pobre garoto! Como se enganara! 
                     Estava a ponto de chorar, mas a vovozinha, que soube de tudo pelo próprio Pedrinho, consolou-o  com estas palavras: 
                     - Não reprovo que você acredite nas histórias maravilhosas, mas o que aconteceu, Pedrinho, deve servir de lição. Muitas coisas, que, vistas superficialmente, parecem muito valiosas, se mostram insignificantes quando examinadas com cuidado. As aparências enganam. Você se lembra de que chorou muito quando seu pai não quis comprar aquele trenzinho de folha-de-flandres, exposto na vitrina de uma loja de brinquedos? Quem sabe se, visto bem de perto, o trenzinho não teria causado o mesmo triste efeito que estas varinhas, que você  recolheu como se fossem um tesouro do bosque? 
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MORAL DA HISTÓRIA
Não devemos nos precipitar com julgamentos, porque, muitas vezes, as aparências enganam. 
Nicéas Romeo Zanchett,
                      
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